“Não tinha coisa mais humilhante, especialmente para as mulheres, do que aquelas Frentes de Emergência”, essa foi a opinião do vereador e sindicalista Zé Gonçalves (PT) ao trazer à tribuna da Câmara Municipal nesta quinta-feira (2) o debate sobre a crise de desemprego em que se retrocedeu às antigas Frentes de Emergência.
Ao que chamou de ‘frentes de humilhação’, ele criticou a situação daqueles trabalhadores e trabalhadoras que ganhavam baixos salários, faziam atividades degradantes e o problema não era resolvido.
“Hoje só se gera emprego se tiver investimento na nossa infraestrutura” avaliou. Na opinião dele, as políticas públicas são importantes e as prefeitura precisam investir e parar de se transformar em cabide de empregos para a politicagem.
“A Prefeitura não pode empregar todo mundo. Tem que gerar emprego, tem que gerar renda”, reiterou.
Ele acha importante uma renda básica e é a favor do auxílio emergencial porque quando o trabalhador ou a trabalhadora recebe um auxílio desses, a maioria vai comprar alimento.
“Hoje o povo está passando fome e as famílias que tinham um desempregado, têm dois ou três. Têm famílias inteiras aqui sem emprego, sem um trabalho”, lamentou.
Ele criticou os políticos que não têm compromisso com o povo e pontuou situações em que direitos básicos vêm sendo descumpridos, a exemplo dos aposentados que não conseguem medicamento na farmácia básica porque está faltando até losartana que custa R$ 4. “E a questão não é o valor, é o desrespeito com o povo de Patos. É isso que a gente leva em consideração porque as políticas públicas têm que chegar a todos”, ressaltou.
Ele reiterou que os auxílios precisam ser assegurados, mas é preciso também gerar oportunidades de trabalho e renda e isso não vem acontecendo ou acontece de forma demorada. O Centro Comercial do Pólo Coureiro Calçadista de Patos está fechado há mais de um ano e Zé Gonçalves questionou a falta de atuação dos deputados e deputadas que tiveram votos em Patos.
“Mas, quando é na campanha eleitoral todo mundo quer o voto dos sapateiros. Agora, nem o Centro de Comercialização de Calçados do Município eles fazem a luta e exigem do governo Estadual sua abertura”, criticou,