O prefeito Nabor Wanderley (Republicanos), a Procuradoria do Município, as secretarias do Meio Ambiente, Serviços Públicos e Infraestrutura de Patos foram notificadas pelo gabinete do vereador e sindicalista Zé Gonçalves para que tomem providência no sentido de desinterditar o trecho da Rua Luiz Felix, no Bairro do Juá Doce que continua interditada por invasores de terreno público.
Em seu discurso na tribuna da Casa Juvenal Lúcio de Sousa, em sessão excepcionalmente realizada na manhã desta quinta-feira (2) o parlamentar mirim patoense voltou a enfatizar a importância daquele trecho da rua que dá acesso à saída para a CEASA, o Matadouro Público e a Comunidade Rural das Trincheiras.
“Fizeram uma murada que está dentro da Rua e como se não bastasse, fizeram uma cerca. E até o momento nada foi resolvido. São mais de 30 dias sem ter uma solução”, reclamou.
Zé Gonçalves disse que ligou pessoalmente para um dos secretários em questão, lhe disseram que não teria máquina para fazer o serviço, coisa que, na opinião dele não seria preciso.
“Ás vezes, eu fico aqui imaginando que há um acordo entre a gestão municipal e esses invasores ricos porque quando é um local que é ocupado por um sem teto o trabalho é feito de imediato”, disse.
Ele citou a ameaça de desocupação no Conjunto dos Sapateiros em que quase diariamente secretários acompanhados de policiais iam até lá para ‘negociar’ a saída dos moradores. E somente com uma liminar judicial, os moradores puderam permanecer naquele local.
No caso da Rua Luiz Felix, conforme Zé Gonçalves, a interdição e invasão “foi feita para criar gado e isso é uma vergonha que está acontecendo aqui em nosso município”, reiterou.
Ele ressaltou o prejuízo sofrido pelos trabalhadores e trabalhadoras que precisam se deslocar para a CEASA, o Matadouro e para as Trincheiras que terão que fazer longos percursos pelo Jardim Europa ou Bairro da Vitória.
Patos é um município que não dispõe de transporte coletivo e o serviço disponível de táxi e mototáxi são caros. Outro fato é que o poder público não oferece alternativas à população e andar a pé pode fazer mal à saúde devido às altas temperaturas e há perigo de desidratação para quem se arrisca a enfrentar o sol causticante.