O vereador e sindicalista Zé Gonçalves (PT) parabenizou os servidores públicos pelo seu dia na sessão da Câmara Municipal desta quinta-feira (28) e disse que, mesmo muitos pensando que não há o que comemorar, ele enfatiza que a luta e a resistência devem ser comemoradas.
Ele considerou 2021 o pior ano para os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros e elencou diversos motivos para sustentar sua afirmativa, entre eles o da política perversa do governo Federal que é seguida pelos governos estaduais e municipais.
“Aqui em Patos estamos com a Lei Complementar 173/2020 do governo federal, que proíbe reajuste salarial até 31 dezembro”, lamentou. Ele citou também o piso do Magistério que não teve reajuste anual pela primeira vez.
Zé Gonçalves acredita que, mesmo com essa situação toda, o servidor tem resistência e luta. Mencionando os conselheiros tutelares que estavam presentes à sessão, ele homenageou aqueles que se unem e lutam por melhores condições de trabalho e de salários.
Ele lembrou que somente em maio de 1999, os servidores de apoio da Secretaria de Educação passaram a receber salário mínimo. Uma luta que continuou para garantir que todos esse direito fosse implantado a todos os demais servidores de outras secretarias.
O salário era abaixo do mínimo até maio de 2001 em Patos. Servidores recebiam R$ 57 e o salário mínimo nacional era de R$120, conforme Zé Gonçalves. Ele informou que numa primeira ação do movimento sindical foram beneficiados 503 servidores com o recebimento do salário mínimo e numa ação seguinte foram 703, quando ela já estava no serviço público e fazia parte da luta da categoria, como uma liderança.
Além da conquista do salário mínimo, o vereador sindicalista citou, ainda, como fruto de muita luta e resistência, a da implantação do salário família, adicional noturno, quinquênio, gratificação, insalubridade, 30 horas semanais e seis horas corridas, plano de cargos, carreira e salários para servidores da saúde, a atualização da tabela dos professores de Patos, informações do PIS/Pasep, concursos públicos e convocação de aprovados e classificados.
“Tudo com muita luta, paralisações, greves e ações na Justiça. Tudo com a organização e luta dos servidores e servidoras de Patos, sendo humilhados, perseguidos, transferidos e demitidos”, disse Zé Gonçalves acrescentando, inclusive que a presidente da entidade sindical fora demitida por um então gestor municipal.
Zé Gonçalves lamentou que todas essas conquistas de anos e anos de luta estão sendo perdidos e estão regredindo.
“Por isso que nesse dia do trabalhador e trabalhadora do serviço público eu quero deixar minha homenagem e dizer que só vamos conseguir vitórias com a luta e união de todos e de todas”, concluiu.