O SINFEMP- Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região, repudiou e ao mesmo tempo lamentou as falas do Pré candidato a Prefeito de Patos, Héber Tiburtino e da Pré candidata a vereadora, Maria do Desterro, contestando a Secretaria de Educação e atacando os profissionais do magistério em não está havendo aulas remotas no Município de Patos.
O pré candidato a Prefeito, pela Democracia Cristã, afirmou em seu Instagram:” Recebo denúncia no sentido de que os alunos da rede municipal de ensino na cidade de Patos, estão sem aulas remotas. Essa omissão, caso se confirme, precisa de uma ação enérgica dos vereadores e dos Ministérios Públicos, tanto o Estadual, quanto o Federal, pois os professores recebem parte ou todo ele, de seus salários por meio do FUNDEB. #DC27#Educação.”
Já a pré candidata a vereadora do mesmo partido Democracia Cristã, Maria do Desterro, afirmou no Blog de Jordan Bezerra no último dia 10 de junho, o seguinte:” A comunidade está preocupada com os problemas relacionados a deficiência no aprendizado das crianças. Apelo para que a Secretaria de Educação de Patos para providenciar a retomada do ano letivo”.
Para a presidente do SINFEMP, Carminha Soares é lamentável uma postura dessa de pessoas que se colocam para a população como pré candidatos, demonstrando falta de conhecimento ou mesmo usando de má fé contra os professores e demais servidores da educação no município.
Para a sindicalista, todas as escolas, creches, universidades, que sejam públicas ou privadas, estão com suas atividades paralisadas nesse momento de pandemia da COVID-19 e não tem sentido o retorno das aulas, nas escolas e creches municipais, pois a maioria dos alunos não tem estrutura ou seja, dispositivo para realização de aula remota. Não tem Wi-Fi ou internet de banda larga em casa, smartphone com internet, isso também acontece com muitos profissionais do magistério público municipal de Patos.” Só emite uma opinião dessa quem não conhece a educação no município de Patos, a realidade estrutural das escolas do campo e da cidade, as dificuldades dos alunos, suas carências e de seus familiares, especialmente quem mora nos bairros, que são carentes”, disse a mesma.
Patos tem 48 escolas e creches na zona urbana e rural, com mais de dez mil alunos matriculados, na educação infantil, ensino fundamental anos iniciais e finais, EJA- Educação de Jovens e Adultos, AEE- Educação Especial e Educação no Campo, onde qualquer decisão para aulas remotas deve passar por uma ampla discussão e acima de tudo, focar nos prejuízos que poderá advir de se colocar em prática essa modalidade ” Numa cidade com poucas escolas, reduzido número de alunos e professores, onde tem poucas escolas e todas na zona urbana é difícil, imagina num Município do porte de Patos”, destacou Carminha.
Outra preocupação é no tocante aos profissionais do magistério que também enfrentarão grandes dificuldades para colocar em prática esse trabalho, pois muitos não tem os dispositivos eletrônicos para utilizar em caso de aulas remotas, tem mais de um vínculo, até em municípios e outros Estados.” Temos Professores em Patos que tem vínculos no Rio Grande do Norte, Pernambuco, em outros Municípios e não será fácil fazer esse trabalho, sem trazer prejuízos para os alunos e também para eles. Tem escolas com multisseriado e como viabilizar isso?”, Indagou a presidente.
A assessoria jurídica do SINFEMP, nas pessoas dos advogados Dr. Alexandre Oliveira e Dr Damião Guimarães, afirmaram que não existe nenhuma irregularidade dos professores continuarem recebendo pelo FUNDEB e nem tampouco os demais servidores da educação, tais como: auxiliares de serviços, merendeiras, vigias, técnicos administrativos, diretores, diretores adjuntos dentre outros.
Carminha Soares conclui afirmando que o momento é a defesa da vida, da união de todos, no combate a Pandemia da COVID-19 e que a politicagem deve ser deixada de lado.” O momento é de união, de muita oração, de muita humildade para combatermos o inimigo principal, que já matou muitos irmãos nossos e não de transformar essa luta, enveredando pela politicagem”, desabafou a sindicalista.