O sindicalista José Gonçalves, afirmou que a falta de planejamento, de um plano de ação de combate ao Coronavirus no município de Patos, desde o início, tem levado a gestão do prefeito interino de Patos, Ivanes Lacerda a tomar medidas precipitadas, trazendo mais prejuízos a população.
Gonçalves lembrou que a alegação inicial da gestão era que não tinha dinheiro. Depois que chegou o dinheiro, o gestor por não ter um plano de ação, não soube onde aplicar, pois de dois milhões e quatrocentos e sessenta mil, tinha utilizado a época pouco mais de duzentos mil reais. Em seguida, dizem que começou a gastar de forma desordenada, com carros de som e aluguel de tendas. Ainda tem máscaras, medicamentos, celulares, dentre outras coisas que não foram esclarecidas.
Percebendo as críticas por setores da imprensa e sociedade civil organizada, constituiu um conselho de fiscalização dos recursos, onde sua composição é praticamente feita por secretários municipais, deixando de fora representação do Ministério Público, da Diocese de Patos, entidades comunitárias e sindicais.
Para Gonçalves, o prefeito interino de Patos age aleatoriamente, sem uma base sólida, sem segurança e ao receber pressão de alguns setores se precipita.
Sabemos que o presidente Bolsonaro vem agindo de forma extremamente irresponsável, visando o caos, pois ele não defende a vida e sim a morte, não garantindo recursos para os pequenos e médios empresários, que dependem da venda para sobreviver e pagar aos seus trabalhadores. O Bolsonaro dificulta ainda o pagamento da ajuda emergencial de seiscentos reais para a população carente. Quem trabalha na informalidade são as maiores vítimas dessa tragédia que está na presidência da República e tudo isso vem se repetindo em Patos.
Gonçalves imagina que o Prefeito Interino de Patos, Ivanes Lacerda, por ter essa trajetória de falta de planejamento e ação, construída coletivamente, jogou esse Decreto, com o objetivo de tirar a culpa da gestão, igualmente o prefeito de Sousa, Fábio Tayrone, que fez a mesma coisa e foi derrotado pela justiça, ou seja, dizer que fez de tudo mas não depende dele.
Gonçalves afirma que se tivesse ou se tiver ainda planejamento, plano de ação que todos tenham condições de construir juntos, poderia ver a abertura de forma organizada, mas dessa maneira, só trará prejuízos.
A fiscalização, sequer tem equipes suficientes para isso e o retrato está na prática diária, com uma equipe reduzida, sem parceria com o Estado e outros setores da sociedade.” O prefeito interino Ivanes Lacerda, tem que abandonar o individualismo e compreender que Patos tem mais de cem mil habitantes e existe uma sociedade civil organizada e consciente, pois liberar até serviços não essenciais, tipo eventos religiosos vai de encontro a decisão do Ministério Público Estadual, disse o mesmo.
Por último, Gonçalves disse que quem vem cumprindo fielmente o isolamento social é a Diocese de Patos, shopping Patos e algumas lojas, com uma diferença que a Diocese vem distribuindo alimentos e máscaras para o povo pobre e carente”, desabafou o mesmo.