Sem o pagamento do piso da Enfermagem, haverá ações na Justiça e greve dos profissionais, avisa Zé Gonçalves

A alegação de falta de recursos suficientes para o pagamento do piso nacional da Enfermagem foi mais uma vez criticada pelo vereador sindicalista Zé Gonçalves (PT) que disse na Tribuna da Câmara Municipal que sem o piso nacional da categoria haverá ação na Justiça e greve dos profissionais do município de Patos.

O parlamentar mirim disse também que foram solicitadas, através do Sinfemp, informações sobre o cadastro da Relação Anual de Informação Social, a RAIS, ao Município porque foi com base nela que foram calculados os recursos repassados pelo governo Federal aos municípios para o pagamento do piso nacional desses profissionais.

Ele informou, ainda, que esses dados devem ser atualizados e enviados anualmente no mês de abril e se houve alguma discrepância foi por erros nas informações enviadas pelo município de Patos.

“E agora está-se colocando que não têm como pagar o piso da Enfermagem, mas nós vamos fazer a luta”, disse. Zé Gonçalves disse, ainda, que a solicitação das informações da RAIS foi feita na sexta-feita, dia 19 de maio, através do Sinfemp que esteve reunido com a categoria da Enfermagem nesta semana para discutir toda essa situação.

Zé Gonçalves enfatizou que os valores dos salários desses profissionais são muito pouco se comparados ao que ganham os políticos no nosso país. “E quando é para ter aumento para político não tem nenhuma dificuldade. Agora quando é para conceder um mísero reajuste de salário para os trabalhadores e trabalhadoras se cria toda essa dificuldade”, protestou.

Ele reiterou que não são os políticos que colocam a máquina pública e o Município para funcionar, mas sim os servidores e servidoras e criticou a Federação dos Municípios – FAMUP, formada pelos prefeitos, que vem contribuindo até agora para retirar direitos dos trabalhadores e trabalhadoras nos municípios.
“Por isso, companheiros e companheiras da Enfermagem, vamos erguer a cabeça e fazer a luta. Vamos nos mobilizar e nos unir porque quem tem que defender trabalhador são os próprios trabalhadores porque, infelizmente, nesse país a maioria dos políticas não tem compromisso com o povo, tem compromisso com seus interesses pessoais”, criticou.