Zé Gonçalves quer discutir situação de quem sobrevive da coleta de recicláveis após transferência do lixo de Patos para Sousa

O vereador sindicalista Zé Gonçalves (PT) trouxe à Tribuna da Casa Juvenal Lúcio de Sousa na noite dessa terça-feira (25) um problema preocupante que ocorrerá após a transferência do lixo produzido em Patos para o município de Sousa, medida que, além de deixar pais de família sem uma renda para ajudar no sustento, fará o município desembolsar cerca de R$ 400 mil.

Ele quer criar uma Comissão para discutir a situação dessas famílias, pois a informação que se tem é que todo o lixo será transferido. “Eu estou preocupado. Primeiro, com quem faz a coleta seletiva. Tem os que ficam no lixão, também com a coleta, e temos a cooperativa que inclusive recebe apoio do governo”, explicou.

De acordo com matéria jornalística divulgada pelo Portal Polêmica Paraíba, que foi lida pelo parlamentar em seu discurso, está sendo finalizada uma licitação em que a Empresa Marcos Construtora e Serviço Ltda, do Estado do Espírito Santo, teria ganho o processo e irá realizar o transporte dos resíduos sólidos produzidos em Patos para Sousa, que dispõe de aterro sanitário.

A medida resultará no fim do problemático lixão de Patos que fica localizado nas proximidades do Aeroporto da Cidade, mas deixará as famílias que sobrevivem dele numa situação preocupante.

A Comissão sugerida por Zé Gonçalves para discutir a situação das famílias que trabalham com a coleta de materiais recicláveis seria formada por vereadores, representantes dos trabalhadores e também da empresa envolvida no transporte. “Eles (os trabalhadores) não podem ficar desempregados”, enfatizou.

Zé Gonçalves reforçou a ideia do lucro que pode ser gerado a partir do lixo e destacou que esse é o motivo do interesse de grandes empresas nesse setor. Ele reiterou o questionamento que já havia feito sobre os ganhos do municípios com a construção do seu próprio aterro sanitário.

“É importante analisar essa questão do lixo, mas ao mesmo tempo tendo a preocupação com essas pessoas que trabalham na coleta seletiva para que elas não sejam prejudicadas”, analisou.