As consequências das chuvas e ventos fortes que derrubaram várias árvores e provocaram danos na cidade de Patos fizeram com que o vereador sindicalista Zé Gonçalves (PT) acendesse o alerta e discutisse na tribuna da Câmara Municipal a vulnerabilidade do nosso município que não tem qualquer planejamento entre as secretarias para prevenir e atuar nessas situações.
O parlamentar mirim disse que o que foi presenciado após o evento da tempestade foi um grupo de quatro ou cinco pessoas com uma camisa com o nome Defesa Civil podando algarobas caídas sobre os carros.
De acordo com ele, que é tecnólogo em segurança do trabalho, o papel da Defesa Civil é atuar na gestão de riscos e desastres, na identificação dos riscos existentes e das comunidades vulneráveis.
“Qual foi a data em que foi feita uma visita a essas comunidades vulneráveis daqui de Patos?”, questionou ele.
Outro papel da Defesa Civil, conforme Zé Gonçalves, é atuar na prevenção e combate a princípios de incêndio, fazer o mapeamento das áreas de risco do município, o cadastro e o treinamento de voluntários.
“Porque nós precisamos de voluntários. Vocês observaram aquele acidente do helicóptero lá em São Paulo, o papel que o pessoal do supermercado cumpriu de forma voluntária, gratuitamente, e, imagine, daqui que chegasse o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil?!”, disse enfatizando a importância da atuação dos voluntários.
Zé Gonçalves destacou, ainda, as cinco ações que a Defesa Civil de um município deve ter: prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação.
O parlamentar mirim reforçou a necessidade de Patos ter um estudo de dados dos prejuízos de eventos anteriores, como o que aconteceu na enchente de 2009, e a partir daí fazer um planejamento de ação.
“O que nós estamos observando é: cinco pessoas, com outro para fazer um vídeo para dizer que estão lá e empenhados, e tal. Ora, isso não interessa. Pra quê fazer vídeo dizendo que está tirando algaroba de cima de um carro?!”, criticou.
Na opinião de Zé Gonçalves, Patos não precisa de sensacionalismo, mas de planejamento e plano de ação entre as secretarias de Meio Ambiente, Serviços Públicos, Infraestrutura e Agricultura.
Um planejamento que também considere a zona rural que, conforme ele, também tem problemas com a situação dos rios e riachos e questões ambientais, como em Santa Gertrudes cujos esgotos estão escorrendo para dentro do Rio Panati e de lá indo para os açudes do Patativa do Assaré.” Por isso precisamos de ação, mas depois do planejamento feito,” disse o mesmo.