De sonhos não realizados e promessas requentadas vive o governo Nabor Wanderley, em Patos. Afora alguns asfaltos e pequenas inaugurações o município, nesses últimos três anos, manteve funcionando, tão somente, os serviços básicos essenciais. Desde o início da gestão 3, não houve mudanças significativas em nenhum setor da administração pública. Pelo menos, nada que justifique uma cidade transformada.
Embora com o apoio do governador João Azevedo que libera verbas de custeio, de olho no apoio do Republicanos para seu projeto a senatória em 2026, há o agravante de que o município pouco arrecada. Quanto às verbas federais que advinham de emendas do deputado Hugo Mota, pelos “relevantes serviços prestados ao governo federal” ao que parece, minguaram.
Quais as obras mais marcantes de Patos nos últimos 20 anos? Posso arriscar: o Canal do Frango e Alça Sudeste que, embora sejam também as mais caras, vivem de causar transtornos à população, que se ver obrigada a aceitar que mais dinheiro público seja empenhado para corrigir seus erros originários.
Nabor continua seguindo à risca o que aprendeu na cartilha do antigo PMDB, em seu capítulo “pirotecnia”: qualquer puxadinho vira “obra estruturante”; e assinatura de ordem de serviço, a “festa de inauguração” do equipamento. “Não há coisa que mais nos engane do que o nosso juízo”.
De sonhos não realizados, temos: Hospital de Trauma (ainda não tem nem projeto), Avenida Lagoa dos Patos (rua aberta às margens de um rio, sem nenhum critério), Aeródromo (tirando as manutenções do DER, nada), Centro de Comercialização de Animais (?), Complexo de Saúde Eisenhower Brito (apenas um bom nome), Alça Noroeste (çey).
Quanto às promessas requentadas, afora o velho discurso de conclusão de obras que já estavam em andamento: o Teatro Ernani Sátyro (já faz 10 anos), Vila Olímpica (caducou) e Centro de Iniciação ao Esporte – CIE (outro que caducou); o Rivaldão terminou, mas não terminou, vá entender… Já estão falando em transformar o Rodoshopping num Centro de Convenções (bora pelo menos acabar o teatro, né?).
É fantástica a política da enganação às vésperas das eleições que, mesmo não convencendo mais a ninguém, é feita de forma tão profissional que até um “cego passa a enxergar”.
Texto: Misael Nóbrega de Sousa