“Nós não podemos aceitar que os servidores públicos que estão aí nessa pandemia e com sete anos de salários e gratificações congelados ainda sofram assédio moral nos seus locais de trabalho”.
As declarações são do vereador Zé Gonçalves (PT) na sessão ordinária da Câmara Municipal desta terça-feira (19) ao se solidarizar com os servidores, a quem representa, citando também o respeito ético ao Regimento Interno da Câmara e à Lei Orgânica do Município que motivam a votação dele favorável à abertura de investigação das denúncias de quebra de decoro parlamentar e desrespeito à legislação contra o vereador Josmar Oliveira (ex – Patriotas).
Zé Gonçalves, que faz parte da Comissão de Ética da Câmara, analisará as denúncias. Uma delas foi feita pela OAB Patos que repudiou a ação considerada criminosa do vereador Josmar ao fazer “postagens ofensivas nas Redes Sociais à categoria dos professores, das mulheres e de toda a comunidade LGBTQIA+”.
A postagem que levou ao repúdio e às denúncias da OAB, também impetradas no Ministério Público Federal e Estadual e no Poder Judiciário, foi o seguinte: “Ensine seus meninos a serem homens antes que seus professores os ensinem a ser mulheres.”
A outra denúncia foi feita pela Procuradoria do Município e diz respeito à forma considerada desrespeitosa e grosseira como o vereador do ( ex Patriotas) teria invadido setor restrito da UPA Otávio Pires de Lacerda e constrangido pacientes e servidores num momento de limpeza íntima em que uma paciente se encontrava despida. Está situação aqui será analisada pela comissão processante.
Além de Zé Gonçalves, os vereadores Emano Araújo (Solidariedade) e Marcos Cézar (PSC) que formam a Comissão de Ética da Câmara vão analisar e decidir sobre o encaminhamento da denúncia ao plenário da Casa Juvenal Lúcio de Sousa, no tocante ao ataque aos professores.
Além disso, foi criada e eleita uma Comissão Processante para analisar as denúncias, sobre a invasão da UPA, formada pelo vereador Ítalo Gomes (Republicanos) que irá presidir os trabalhos; o vereador Davi Maia (Democracia Cristã) que será o vice-presidente e Sargento Patrian (Rede Sustentabilidade) que será o relator.
Para o vereador Zé Gonçalves a fiscalização deve ser feita, mas acima de tudo respeitando os servidores e no caso dos professores nada justifica esses ataques misóginos, homofóbicos, de ódio contra uma das mais importantes categorias de trabalhadores.