Uma sessão solene onde a mulher teve espaço para falar sobre suas experiências de vida, de luta e suas reivindicações. Esse foi o tom do encontro comemorativo ao Dia Internacional da Mulher realizado nessa quarta-feira (9) na Câmara Municipal de Patos, de propositura do vereador e sindicalista Zé Gonçalves (PT).
O parlamentar mirim agradeceu a participação de todas as mulheres que estiveram na Casa Legislativa e considerou espaços de discussões assim enriquecedores e muito produtivos para que se construa políticas públicas transformadoras.
“Nós precisamos fazer com que as políticas públicas cheguem a todos os setores da nossa sociedade, especialmente as mulheres. Podem contar com o nosso mandato e com a Câmara Municipal porque a gente tem se empenhado para fazer essa luta com todas vocês”, ressaltou em seu discurso.
A presidenta da Casa Legislativa, a vereadora Tide Eduardo (PSL), enfatizou a conquista para as mulheres do equipamento de mamógrafo e videolaparoscopia que foram adquiridos através de 50% do valor das emendas impositivas dos 17 vereadores da Câmara Municipal de Patos. “Esse dia simboliza nossa luta e celebra nossa vitória”, disse Tide Eduardo.
Durante a sessão, várias mulheres que ocupam espaços importantes na organização social, através de ações humanitárias e na administração pública ocuparam a tribuna para falar sobre suas experiências, desafios e conquistas numa sociedade ainda dominada pelo machismo.
Um dos depoimentos que se destacaram foi o de Gerusa Delfino do Grupo Amigas Viva a Vida, entidade que apoia e assiste mulheres carentes vítimas de câncer em Patos.
Ela contou que há 12 anos, ao saber que um equipamento de mamógrafo estava encaixotado na maternidade de Patos, enquanto mulheres sofriam sem ter o equipamento para fazer o exame preventivo que salva vidas, ela teve a ideia de fazer uma faixa e estendê-la sempre que o então governador do Estado, Ricardo Coutinho, vinha a Patos.
A iniciativa deu certo e o governador determinou a instalação do equipamento para a cidade. “Ele entendeu que nós representávamos as mulheres carentes que não têm vez e nem voz”, relatou.