Crise da Saúde em Patos é estrutural, critica Zé Gonçalves, que responsabiliza a inércia de deputados e gestores

A Saúde de Patos vive uma crise estrutural que penaliza principalmente a população mais carente que não tem condições de pagar por um médico ou exame particular. A crítica foi feita pelo vereador sindicalista Zé Gonçalves (PT) em discurso na Tribuna da Casa Juvenal Lúcio de Sousa.

De acordo com o parlamentar mirim, os problemas atingem desde as Unidades Básicas de Saúde, UPAs e SAMU até os Hospitais. Ele responsabiliza os gestores, tanto o municipal como o estadual, nas figuras do prefeito e governador e também os deputados que foram votados em Patos e que representam nosso município e toda a Região.

“Porque não se justifica, por exemplo, toda propaganda que é feita nas mídias sociais e todas inaugurações que são feitas, passando uma imagem para a sociedade de que tudo está melhorando e quando a gente vai no local a gente não encontra essa melhoria”, ressaltou.

As dificuldades, conforme ele, estão na falta de condições de trabalho para os profissionais e na falta de equipamentos. Ele contou que foi até a UBS Rita Palmeira para tomar a vacina da gripe e lá a vacinação não estava acontecendo porque o ar condicionado estava quebrado.

Ele disse que fez contato com o secretário de Saúde, Leônidas Dias, que disse não ter conhecimento do problema. “Aí eu pergunto, e esses coordenadores (do DGA) servem para quê?”, questionou.

Um fato ocorrido, desta vez na UPA, em que um pai levou uma criança com dores no ouvido e não foi atendido por falta de equipamento otológico naquela unidade de saúde, e ele teria que se deslocar para o Hospital Infantil, que por sua vez possui inchaço no atendimento. “É uma questão de integrar a saúde municipal com a saúde estadual para dar uma solução para a população”, analisou.

Quanto aos médicos residentes que estão fazendo atendimento, Zé Gonçalves é da opinião de que eles deveriam vir com uma identificação como tal para que a população soubesse que está se tratando com eles.

No Hospital Regional, no amplamente divulgado Centro Cirúrgico, o número de salas foi reduzido de quatro para três. No que diz respeito ao número de leitos, o parlamentar mirim disse que também foi verificado uma redução de 110 para 70. “Se já tínhamos dificuldades com mais de cem leitos e agora que reduziram para 70”, indagou.

Outro problema recorrente do Hospital Regional de Patos é a falta de macas. O problema, inclusive, atrapalha o serviço do SAMU, porque as macas do Atendimento Móvel ficam retidas ao chegar no hospital, porque aquela unidade médica não dispõe número suficiente desses equipamentos para atender a demanda.

Cadê os deputados e as deputadas que foram votados em Patos e foram eleitos? Não se pronunciam porque estão comprometidos não com o povo, mas com seus empregos para a parentada, para os seus correligionários e o povo que se dane”, desabafou.