O vereador e sindicalista Zé Gonçalves (PT) usou mais uma vez a tribuna da Câmara Municipal para defender os servidores efetivos que vêm sofrendo com reduções do ganho salarial resultado do aumento de alíquotas e não implantação de direitos trabalhistas e ainda do congelamento de salários e gratificações que já perdura por seis anos.
Ele destacou o problema apresentando números e dando ênfase ao contraditório aumento no número de contratações. De acordo com ele, juntando os contratados e comissionados, eles já somam mais da metade do número de servidores efetivos.
Zé Gonçalves informou que o município de Patos tem hoje 1.063 contratados e 402 comissionados, totalizando 1.465 novos servidores. Estão sendo gastos R$ 1 milhão e 211 mil reais só com a folha de comissionados e R$ 3 milhões e 111 mil reais com os contratados e comissionados juntos.
O número de efetivos não chega a 2 mil e 400 servidores, conforme Zé Gonçalves. “Nós estamos hoje com uma folha de comissionados e contratados que somam mais de 50 por cento do número de servidores efetivos.
“Eu participei de uma assembleia geral dos servidores da Saúde e nunca vi tanto sofrimento como o vivenciado agora pelos servidores públicos de Patos”, analisou. Zé Gonçalves disse que de 2016 para cá, houve redução de adicional noturno, jornada de 30 horas passou para 40 horas, redução de gratificação pelo ex-gestor Ivanes Lacerda, alguns servidores estão sem 1/3 de férias e EPIs e seis anos com salários e gratificações congelados.
“E qual era a alegação da Prefeitura?: Não tem condições, que não pode aumentar o índice prudencial, é a Lei de Responsabilidade Fiscal”, ressaltou. Zé Gonçalves questionou como é que a Prefeitura diz estar com toda essa dificuldade e, no entanto, contrata desse tanto e gasta o montante citado acima?