Isolamento de Bolsonaro é destaque na Semana Vermelha

A desprezível e desastrosa fala de Bolsonaro, em rede nacional de rádio e tevê, no dia 24, junta-se a outra atitude irresponsável – sua saída às ruas e contato direto com apoiadores, sem cuidado com a transmissão do vírus. Esta ação teve a reação de pessoas, instituições e personalidades socialmente responsáveis em todo o país. Independente da opção política e ideológica de cada um, o repúdio a Bolsonaro foi geral e veemente, registrado pela pesquisa de opinião mostrando que 2 em cada 3 brasileiros não aceita e condena a ação de Bolsonaro. Seu isolamento é tamanho que já há consultas sérias – que incluem inclusive militares – sobre seu desembarque do governo. Basta de Bolsonaro!

A fala de Bolsonaro na tevê e a pressão de investidores que perderam na Bolsa – Rodrigo Maia diz que suspensão de isolamento é pressão de investidores – O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse na quarta-feira (25), em reunião com os 27 governadores que o debate sobre manter ou não o isolamento para conter a pandemia resulta de pressão de investidores, que perderam dinheiro com a queda nas bolsas.“A gente tem que sair deste enfrentamento sobre abrir ou não abrir, sair ou não sair do isolamento, porque isso nada mais é do que a pressão de milhares de pessoas que aplicaram os seus recursos na bolsa e acreditaram no sonho da prosperidade da bolsa com 150 mil pontos, e hoje ela está a 70 mil pontos, por vários problemas”. Para Maia, os governadores devem focar a atuação na defesa das vidas de cidadãos. De acordo com ele, a pressão dos investidores teria levado à mudança do nível de adesão do governo federal às recomendações da OMS. O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) concorda com Maia: o presidente da Câmara “foi ao fulcro do problema”. “Investidores que foram para os riscos da bolsa e estão perdendo dinheiro pressionam pela saída do isolamento. Risco é para ganhar e para perder. A vida dos brasileiros precisa estar acima disso”, defendeu ele.

MP 927: todo poder aos patrões, contra os trabalhadores – No domingo (22), Bolsonaro fez publicar, em edição extra do Diário Oficial da União, a MP 927, que permite às empresas a suspensão unilateral dos contratos de trabalho por até quatro meses, sem pagar os salários. Com essa medida que prejudica os trabalhadores, Bolsonaro tornou letra morta toda a legislação trabalhista – mesmo a que restava após a devastação promovida por Michel Temer e ele próprio – e deu aos patrões o poder quase absoluto nas relações de trabalho. A MP 927 suspende a legislação do trabalho, silencia os sindicatos e permite aos patrões tomarem decisões unilaterais em relação a seus empregados. “A MP 927 é a sentença de morte dos sindicatos. Ela é o instituto do trabalho análogo à escravidão com força de lei, sem precedentes”, acusou Adilson Araújo, presidente da CTB. Os patrões podem mudar o regime de trabalho e até suspende o pagamento de salários. “Precisamos reagir”, diz Adilson Araújo. A MP 927 despertou oposição veemente dos trabalhadores, sindicatos e entidades como o Ministério Público do Trabalho, que demonstrou sua preocupação e, em nota, apontou “equívocos” sob o falso pretexto da “preservação do emprego e da renda”, impôs os sindicatos a semiclandestinidade e deu superpoderes às empresas. O MPT afirma ver “com extrema preocupação” aquelas medidas. “Tem-se um permissivo geral para a suspensão do contato de trabalho, sem qualquer tipo de remuneração ou indenização para o trabalhador, o que além de tudo acelera a estagnação econômica.” A Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) também manifestou forte oposição à MP, com “veemente e absoluto repúdio” à MP marcada por “inconstitucionalidades” e vai “na contramão de medidas de proteção do emprego e da renda e lança os trabalhadores “à própria sorte.” Diz também que, “ao apenas pedir o sacrifício individual das pessoas que necessitam do trabalho para viver, a MP nº 927 indica que soluções que impliquem em pactos de solidariedade não serão consideradas, tais como a taxação sobre grandes fortunas”. As centrais sindicais, por sua vez, na segunda-feira (23), divulgaram nota de repúdio à MP 927 acusando Bolsonaro de agir de maneira antissocial e discriminatória. Ante a forte reação negativa, já na segunda-feira (23), Bolsonaro recuou e anunciou a revogação do artigo 18 da MP. Mas não foi suficiente para as centrais sindicais – não basta a mera revogação do artigo 18, que suspende contratos e corta salários; acusam a MP de “tentar passar por cima dos legítimos representantes dos trabalhadores, que são os sindicatos, e impõe negociações individuais”. Para o sociólogo Clemente Ganz Lúcio a medida é “estúpida”. Partidos de oposição (PC do B, PT e PSOL) questionam no STF a constitucionalidade da MP 927: protocolaram na terça-feira (23) uma ação direta de inconstitucionalidade com pedido de liminar, questionando a legalidade da MP 927. “A proteção ao trabalho e, intrinsecamente ao trabalhador, tem como pano de fundo uma defesa de todo o sistema social e econômico vigente”, dizem os três partidos na ação interposta junto ao STF. A MP significa “a inversão de todos os valores constitucionais vigentes”, apontam PCdoB, PT e PSOL, que acusam o governo de violar a dignidade humana e destruir os direitos dos trabalhadores.

Para enfrentar esta crise é preciso mudar radicalmente a política econômica –Não é admissível num quadro de pandemia, como o atual, doar trilhões do Tesouro aos banqueiros, rentistas e especuladores. Neste sentido, o pacote anunciado pelo governo – de 147 bilhões de reais – é uma farsa: não ataca o centro do problema, que é a EC 95, que precisa ser revogada, e é o grande entrave ao desenvolvimento econômico e social, e toma medidas tímidas com relação ao SUS. O pacote não tem dinheiro novo, mas antecipações e adiantamentos – e tira 158 mil beneficiários do Bolsa Família – 61% deles no Nordeste. A política econômica de Bolsonaro e Paulo Guedes é criminosa e irresponsável, numa situação de desastroso desemprego e enorme informalidade, que atinge 41% dos trabalhadores – isto é, quase 40 milhões de pessoas. Nesse quadro de grave crise, o governo radicaliza sua política econômica suicida – corta direitos, desonera o capital e reduz os salários à metade, e desmantela o Estado. É hora de revogar a EC 95, ampliar os investimentos público, assegurar uma renda mínima para os mais pobres e preservar salários e empregos – e também suspender temporariamente e renegociar o pagamento dos juros da dívida pública – que consomem quase metade do orçamento da União. É preciso consolidar uma ampla Frente Democrática unindo trabalhadores, Congresso Nacional, ministros do STF, empresários, religiosos, lideranças populares, artistas e lideranças militares para vencer essa guerra.

Flávio Dino: Bolsonaro “Não demonstra equilíbrio para governar” – O governador Flávio Dino afirmou que Bolsonaro é incapaz de gerir a crise sanitária do coronavírus e a crise econômica. “Estamos vendo todas as incapacidades que o presidente da República possui. Não é uma pessoa que esteja demonstrando equilíbrio e eficiência para governar o País”, disse o governador em reação ao pronunciamento de Bolsonaro na terça-feira (24), que recomendou aos brasileiros a saída do isolamento social e a retomada das atividades normais. Foi, disse o governador, um “pronunciamento desastrado”, em direção “contrária daquela preconizada pela comunidade científica e pelos profissionais de saúde e pôs a saúde da população em risco”. Bolsonaro faz uma “opção permanente pelo caos”. Ele “teve um gesto correto em chamar os governadores por região para um entendimento em torno da temática do coronavírus, mas em seguida, de forma desleal, ele vai à televisão e tenta transferir as suas responsabilidades econômicas e sociais para os governadores”, disse Flávio Dino.

Basta de Bolsonaro! – que se isola ainda mais com sua fala alucinada, desonesta e irresponsável – O discurso alucinado de Bolsonaro na terça-feira (24) resultou em perda de apoio nas redes sociais, terreno que seu governo valoriza. Em rede nacional, ele defendeu a “volta à normalidade” e a reabertura de escolas e do comércio em meio à pandemia do coronavírus. Para ele só idosos têm de ficar isolados. E vai na contramão da estratégia de outros países e das recomendações da OMS. A fala de Bolsonaro provocou a reação indignada de parlamentares de vários partidos. “Quem tem consciência e responsabilidade está chocado com o pronunciamento de Bolsonaro. Já foram tantos absurdos, todos tão graves. E aí ele aparece em rede nacional para se exceder em estupidez. Que psicopatia o faz ter esse desejo de ver o povo exposto ao coronavírus? Nenhum respeito pelos 46 mortos até aqui. Nenhuma preocupação com outros tantos que morrerão”, disse o vice-líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (MA).  Foi um “show de irresponsabilidade em rede nacional”, disse o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Helder Salomão (PT-ES).”O Brasil caminha na contramão do mundo”disse. “Bolsonaro demonstra que não está à altura do cargo.” Durante sua fala irresponsável em cadeia nacional de rádio e TV, na terça-feira (24), o capitão que exerce a presidência da República fez um dos mais escandalosos e irresponsáveis discursos de um presidente brasileiro. No momento em que a pandemia totalizava 2.201 casos confirmados e 46 mortes no País, ele vociferou contra as medidas adotadas pelos governadores,e o próprio ministério da Saúde, contra a disseminação da epidemia. A resposta popular foi um forte “panelaço”, em várias cidades brasileiras, contra o mandatário – pelo oitavo dia seguido. O repúdio contra ele foi geral. “É estarrecedor!”, disse a presidenta do PCdoB e vice-goveradora de Pernambuco, Luciana Santos. Bolsonaro, no pronunciamento, “persiste num caminho que ameaça a vida dos homens e mulheres do nosso país.” “Bolsonaro ultrapassou todos os limites”, acusou a ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS). “Ao chamar as pessoas a voltarem à vida normal, (o presidente) está empurrando os brasileiros para a morte.” Culpou a mídia e os governadores de espalhar “a sensação de pavor”, e não apresentou nenhuma nova medida para enfrentar os efeitos perversos do coronavírus. Em sua fala irresponsável, Bolsonaro usou uma mentira e disse que só pessoas com mais de 60 anos de idade estão no grupo de risco, e insinuou não haver risco de morte para quem tem menos de 40 anos, uma informação falsa: a OMS  registra morte de crianças e jovens, em diversos países causadas pelo coronavírus. O capitão presidente disse também que em 90% da população não haverá qualquer manifestação da doença, caso se contamine. Mas omitiu que, mesmo se apenas 10% da população brasileira for atingida, serão mais de 2,1 milhões de pessoas. E chamou a doença de “uma gripezinha”, “um “resfriadinho”. Esse pronunciamento irresponsável foi rechaçado em todo o Brasil. “Pronunciamento de hoje mostra que há poucas esperanças de que Bolsonaro possa exercer com responsabilidade e eficiência a Presidência da República. Os danos são imprevisíveis e gravíssimos”, tuitou o governador Flávio Dino (PCdoB-MA). O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), por sua vez, disse que “o país precisa de uma liderança séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população. Consideramos grave a posição externada pelo presidente da República”. Para Jandira Feghali (PCdoB-RJ), ex-líder da Minoria na Câmara dos Deputados, a fala de Bolsonaro foi “criminosa” e contraditória com as próprias ações do governo Bolsonaro. “E olha que coisa absurda! O Ministério da Saúde segue corretamente as normas mundiais da OMS, mas o presidente criminoso vai para cadeia de rádio e TV defender fim de quarentena”, disse ela. Um ministro do STF disse à Folha de S. Paulo que o presidente da República, com sua postura “errática”, “dobra a aposta ao propor o fim de medidas restritivas, indo na contramão do mundo”. E  Felipe Santa Cruz, presidente da OAB, apelou aos brasileiros que ignorem as falácias bolsonaristas. Contra o insano pronunciamento, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) divulgou na quarta-feira (25) uma nota. A frente representa 406 municípios com mais de 80 mil habitantes; a nota diz que “prefeitos e prefeitas vão continuar seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde”, questiona se o Ministério da Saúde corrobora a fala do presidente, e destaca que é fundamental saber a posição do ministério “para esclarecer como devem ser os próximos encaminhamentos diante dessa crise”. “Resguardar a vida das pessoas, dos cidadãos brasileiros de todas as idades, deve ser o princípio humanitário de quem tem responsabilidade de liderar, seja nos municípios, nos estados e ainda mais no país. Não contar com essa liderança, e, pior, contar com uma postura irresponsável, alicerçada em convicções sem embasamento científico, que semeiam a discórdia e até mesmo a convulsão social, compromete as relações federativas”, dizem os prefeitos. A irresponsabilidade d e Bolsonaro despreza previsão feita pelo estudo do Imperial College de Londres segundo o qual, se houver apenas o isolamento de idosos, o Brasil teria 529 mil mortos – se não houver nenhuma estratégia de isolamento e de enfrentamento da pandemia, o número de mortos poderia superar 1,15 milhão de pessoas. Com estratégias mais rigorosas para toda a população, o número de mortes pode ser reduzido em mais de 1,1 milhão: 44,2 mil. O estudo e assinado por quase 50 cientistas. É um cenário de completa e perigosa falta de corretas decisões do governo em que Luciana Santos, presidenta nacional do PCdoB, reforça o sentimento das pessoas e entidades responsáveis do país e convoca a formação da ampla frente de salvação nacional e proclama: Basta de Bolsonaro! O isolamento e perda de apoio de apoio também é muito alto entre o povo, mostra uma pesquisa recente: 64% não confiam em Bolsonaro; 84% aprovam isolamento recomendado pelas autoridades e rejeitado por Bolsonaro. Além disso, 70% da população aprova a ação dos governadores.

Até o vice rejeita a fala de Bolsonaro – Contrariando Bolsonaro, Mourão diz que posição do governo é isolamento – Para o vice-presidente, general Hamilton Mourão, Bolsonaro pode “ter se expressado de uma maneira que não foi a melhor” na fala na tevê. Ele contrariou o posicionamento de Bolsonaro em discurso em cadeia nacional de televisão. E assegurou que a posição do governo no combate à pandemia é “uma só”: isolamento e distanciamento social. Bolsonaro tem ficado cada vez mais isolado em meio à crise do Covid-19, cuja gravidade tem se negado a reconhecer.

Derrota de Bolsonaro – ajuda aos mais pobres passa de 200 a 600 reais – A Câmara dos Deputados aprovou, na quinta-feira (26), um auxílio emergencial de 600 reais para pessoas de baixa renda – três vezes maior do que foi inicialmente anunciado por Bolsonaro. O auxílio poderá chegar a 1.200 reais por família. Inicialmente, a proposta do governo era de 200 reais mas, após pressão dos deputados o valor aumentou para 600 reais. Para as mães que são chefe de família (família monoparental), o projeto permite o recebimento de duas cotas do auxílio, totalizando 1,2 mil reais. “Bolsonaro foi derrotado. Ele defendia uma ajuda de apenas 200 reais, mas nós conseguimos aumentar para 600 reais. Uma grande vitória do povo. A estimativa é de que aproximadamente 100 milhões de brasileiros sejam beneficiados direta ou indiretamente pelo auxílio”, disse a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).

Os jornalões em oposição aberta a Bolsonaro – Editorias dos principais jornais como Folha de S. Paulo, Estadão e O Globo, batem duro em Bolsonaro por causa da sua posição em relação ao combate à pandemia. “Presidente, retire-se”, disse a Folha, para quem o presidente “estorva” a mobilização necessária para combater o coronavírus. O Estadão diz que Bolsonaro foi irresponsável ao usar o argumento de que é preciso reativar a economia em meio a crise sanitária. Ele incitou o rompimento da quarentena e a volta à “normalidade”. “Ao fazê-lo, o presidente passou a ser, ele mesmo, uma ameaça à saúde pública. Por incrível que pareça, os brasileiros, para o bem do País, devem desconsiderar totalmente o que disse o chefe de Estado. A que ponto chegamos”, lamentou o jornal. Bolsonaro ameaça ainda com uma saída autoritária e antidemocrática: ‘Todos nós pagaremos um preço que levará anos para ser pago, se é que o Brasil não possa ainda sair da normalidade democrática que vocês tanto defendem”. Bolsonaro, diz o Estadão, usa a epidemia “para alimentar seu inconfessável projeto de poder – cuja natureza cesarista já deveria ter ficado clara para todos desde o momento em que o admirador confesso de notórios torturadores do regime militar se tornou presidente da República”. O Globo, por sua vez, diz que “Isolar-se é a pior escolha de Bolsonaro”; ele conseguiu em sua fala expor de forma contundente as características de imprevisibilidade, de radicalismo e de agressividade. “E conseguiu dar uma forte dimensão política à mais grave crise de saúde pública no país — se forem considerados os efeitos paralisantes da epidemia do coronavírus na sociedade, com graves reflexos na economia e no campo social”.

Justiça Federal proíbe medidas contra a quarentena e veta a campanha “O Brasil não pode parar”- A Justiça Federal proibiu, na sexta-feira (27), o governo federal de adotar medidas contrárias ao isolamento social como forma de prevenção da Covid-19. E suspendeu a validade de dois decretos de Bolsonaro, que classificaram igrejas e casas lotéricas como serviços essenciais. Na sexta-feira (27) a Secom lançou campanha publicitária contra o isolamento, com o slogan “O Brasil não pode parar”. O presidente também acusou governadores e prefeitos de gerar “histeria” para quebrar o país.

Cresce a pressão pela renúncia de Bolsonaro – A colunista Maria Cristina Fernandes mostra que Bolsonaro não teria 10% dos votos na Câmara dos Deputados num processo de impeachment. A desastrosa posição do presidente em relação ao combate à pandemia gerou um consenso contra ele,  que está totalmente isolado. E ganha força a tese de sua saída por renúncia neociada, em troca de uma anistia aos desmandos de seus filhos. Para os parlamentares Bolsonaro já não governa. Nesse quadro, ganha corpo, até entre os militares, a tese de uma saída do presidente por renúncia. Segundo a jornalista, essa tese viralizou nas instituições. O combate à pandemia já havia unido o país, do plenário virtual do Congresso ao toque de recolher nas favelas. Bolsonaro não tem apoio nem nas Forças Armadas.