Patos é uma cidade que já tem mais de mil contratados sem concurso enquanto 5 mil concursados ficam sem convocação, critica Zé Gonçalves

O último concurso público realizado em Patos tem validade até o próximo mês de agosto e com a proximidade do fim do prazo para contratação dos cerca de 5 mil concursados que ainda aguardam a convocação, o vereador e sindicalista Zé Gonçalves (PT) trouxe o tema à Tribuna da Casa Juvenal Lúcio de Sousa, na sessão dessa quinta-feira (2).

Ele criticou o fato da atual gestão ignorar a existência desse contingente e já ter contratado sem concurso público mais de mil servidores.

“Eu estava fazendo um levantamento e só na Secretaria de Desenvolvimento Social tem uma média de 120 contratados e comissionados. Na STTrans tem outra carrada e outro montante na Educação e na Saúde”, informou.

Muitos desses empregos, conforme Zé Gonçalves, são solicitações de vereadores e seria por isso que muitos deles não defendem o concurso público e o chamamento dos classificados.

“Está no momento de aproveitar que esse concurso ainda tem validade para convocar esses classificados”, reiterou. Ele destacou a economia de despesas que isso acarretaria tanto para o Município como para quem investiu no concurso e conseguiu classificação.

O parlamentar citou a economia de despesas com licitação e com a contratação de nova empresa para realização de novo certame e as pessoas classificadas não teriam que desembolsar novamente dinheiro para fazer nova inscrição. “Se você for analisar custo-benefício sai mais barato”, reforçou.

Zé Gonçalves criticou a opção pelo contrato por causa da questão do uso político e eleitoral da situação e lamentou que prefiram empregar um professor contratado pagando um salário mínimo, enquanto o professor efetivo ganha cerca de R$ 3 mil.

“Além de pagar uma miséria, tem o voto dele e da família e é por isso que os gestores fazem essa opção”, analisou, acrescentando que se não tiver o voto, o resultado, todos já sabem que será a exoneração.

Ele ressaltou também que essa situação é incômoda para os próprios contratados e comissionados e muitos deles são a favor da realização de concurso público.