A priorização da melhoria da pavimentação, através de asfaltamento, de ruas já calçadas em Patos, em detrimento de ruas consideradas caóticas nas comunidades da periferia do município cujos moradores continuam convivendo com a buraqueira, ora a poeira e ora o lamaçal fez com que o vereador sindicalista Zé Gonçalves (PT) ecoasse a voz de quem só é valorizado em época de eleição.
Em discurso na Tribuna da sessão dessa quinta-feira (14), o parlamentar mirim fez um desabafo. “Enquanto estão asfaltando ruas com calçamento, os moradores do Alto da Tubiba, Vila Teimosa e Sete Casas continuam na lama”.
Ele questionou sobre o motivo das políticas públicas não serem direcionadas às pessoas mais carentes, para áreas mais necessitadas. Ele não quis dizer com isso que essas ruas não tenham asfalto, porque pode até ser necessário, mas deveria haver uma divisão de prioridades para atender também às comunidades carentes.
“No Alto da Tubiba, por exemplo, há ruas com cinco metros. São ruas estreitas, onde moram os pobres, onde moram os trabalhadores”, relatou. Ele citou ainda comunidades do Matadouro, das Placas, Jardim Colonial, Jardim Magnólia, Bairro dos Estados, Vila Mariana, Conjunto Zé Mariz, Residencial Itatiunga e Santa Clara, onde existem ruas caóticas que precisam ser calçadas..
Zé Gonçalves é da opinião de que deveria ter critérios para que todas as ruas que estão ‘no chão’, ‘na buraqueira’ ‘na poeira ou na lama’ sejam calçadas. E só depois seriam priorizadas as ruas que já estão com calçamento. “Qual a necessidade de asfaltar aquela rua por trás do antigo cine São Francisco? Porque nem movimento tem ali. A rua é larga e o calçamento é ‘filé’ “, observou.
Ao somar três anos de mandato, o parlamentar mirim observa que a grande maioria dos bairros periféricos de Patos continua com os mesmos problemas, ou seja, não teve nenhuma alteração. A buraqueira, o matagal, a escuridão, a ausência de equipamentos públicos como quadras de esportes, as ruas estão ainda sem calçamento e a população sem transporte coletivo.
“Isso é omissão! Por isso, o meu papel enquanto vereador é fazer essa luta. E sempre pergunto: nesses três anos mudou a vida dos políticos, mas o que mudou para você que mora na periferia aqui do nosso município?”, indagou.