emos que combater o racismo em nosso país e todos aqueles e aquelas que não aceitam os negros receberem salários iguais e terem as mesmas oportunidades. A declaração é do vereador sindicalista Zé Gonçalves (PT) que repudiou o caso de racismo sofrido pelo jogador brasileiro Vini Jr na Espanha.
Em discurso na Tribuna da Casa Juvenal Lúcio de Sousa, o parlamentar mirim lamentou que tenha ocorrido nos últimos anos um avanço nos casos de ódio, do preconceito e da discriminação. Em relação ao ataque ao Vinícius Júnior, o Vini Jr, ele disse que sempre tem dito “que lugar de racista não é no estádio, não é na rua. Lugar de racista é na cadeia”, enfatizou.
Ele rebateu aqueles que criticam o fato dele estar discutindo o tema aqui em Patos dizendo que tem tudo a ver porque temos que combater o preconceito em nosso país com um todo.
Ele citou declaração da metalúrgica negra Raimunda Leoni da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, a CTB, cujos trechos estão a seguir.
“Somos todos Vinícius Júnior. Lugar de racista não é no estádio, é na cadeia. O que acontece na Espanha não pode ser encarado como um problema só do esporte. É de toda sociedade e mais do que da Espanha, de toda a humanidade”, disse ela.
“O atleta Vinícius Júnior nascido em São Gonçalo e que ascendeu socialmente através do futebol foi revelado pelo Flamengo com 18 anos. Partiu para a Europa para brilhar nas principais ligas do mundo.Tem sido vítima sucessivamente das mais abjetas manifestações racistas no Campeonato Espanhol de Futebol”.
E segue: “O racismo no esporte é um problema antigo. Hashtags e faixas não resolvem nem aqui e nem na Europa. Diversas ligas europeias enfrentam esse problema. Com sua conivência, mostra de que lado está”.
Para a sindicalista, a resolução do problema passa não só pela identificação e punição dos infratores, mas também os clubes e ligas precisam de medidas duras que eduquem e mostrem que nenhum racismo será tolerado.
Zé Gonçalves disse que é uma situação que preocupa porque o jogador viveu a agressão de um estádio racista e de uma extrema direita espanhola que oprime os negros, imigrantes, lgbtqi+ e mulheres.
Ele relatou que o atleta já foi xingado de macaco, desejaram sua morte e encenaram seu enforcamento. “ É violência racial e nós devemos combater o racismo em todos os lugares, onde estivermos, porque isso acontece também em Patos, na Paraíba e em todo o Brasil. Não é coisa isolada da extrema direita da Europa, mas aqui também há essa prática e ela é demonstrada no dia a dia e nós devemos combatê-la”, concluiu o parlamentar mirim.