O SAMU de Patos está sucateado e o serviço não dispõe das condições necessárias para atender bem a população. O que afeta o SAMU não é só a queda de um poste que inviabilizou o serviço 102, mas a falta de condições de trabalho, de investimento e de planejamento.
A opinião é do vereador sindicalista Zé Gonçalves (PT) que considera necessária a descentralização dos serviços como forma de melhorar o atendimento.
Ele disse em discurso na Tribuna da Câmara Municipal que área com grande densidade populacional como o Jatobá, deve ter uma ambulância na UPA. A UPA do Campo da Liga também deve dispor de uma ambulância fixa para atender a população local.
Outros bairros como o Belo Horizonte, o São Sebastião e o Distrito de Santa Gertrudes também deveriam dispor de uma ambulância fixa do SAMU para o atendimento da população, principalmente para as chamadas que não dizem respeito a acidentes de trânsito, que deveriam dispor de um veículo exclusivo para tal, conforme o parlamentar mirim.
Ele informou que o SAMU de Patos atende, inclusive, aos acidentes que ocorrem na Serra do Teixeira, por exemplo, que são frequentes.
“Tem que dar condições para os trabalhadores e trabalhadoras do SAMU de Patos trabalharem. Condições materiais e também condições de trabalho”, ressaltou. Ele informou que um socorrista ganha um salário mínimo e uma gratificação de R$ 512 mais insalubridade conquistada com muita luta junto ao Sindicato da categoria.
Zé Gonçalves lembrou que esses servidores estão com as gratificações congeladas há 9 anos. Além disso, as condições estruturais não são satisfatórias, no que diz respeito inclusive ao alojamento dos profissionais.
Ele considera importante que, além de melhorar as condições de trabalho e de salário para os trabalhadores, descentralize o serviço, levando ambulâncias aos bairros para atender melhor à população.
“Precisamos realmente planejar. Não é falta de recursos, é falta de planejamento e de prioridade e isso eu tenho sempre enfatizado aqui, nas minhas falas na Câmara Municipal de Patos”, ressaltou.