A situação dos trabalhadores e trabalhadoras de empresas terceirizadas que exercem suas funções em situação precária que facilita a ocorrência de acidentes como o que ocorreu na última quarta-feira (3) em um poste de fiação elétrica e que vitimou um jovem trabalhador de 23 anos foi levada ao debate na Câmara Municipal pelo vereador sindicalista Zé Gonçalves (PT) na sessão da última quinta-feira (4).
De acordo com Zé Gonçalves, situações assim são o retrato da Terceirização em nosso País e informou que, enquanto vereador sindicalista, fará uma representação junto ao Ministério Público Federal do Trabalho, denunciando todas essas empresas de telefonia por não fornecer os EPI (equipamentos de proteção individual)
Ele criticou a forma como a imprensa divulgou o acidente sem dizer o nome da empresa de telefonia envolvida no caso. “Dizem apenas que é uma empresa terceirizada que presta serviço para a Vivo, mas não diz nada, o nome e eu acho que deveria dizer”, reclamou.
O parlamentar mirim ironizou o fato das empresas tratarem o trabalhador como ‘colaborador’. “Tu enriquece o patrão e ainda é chamado de colaborador, sendo um explorado, sem ter sequer um EPI”, ressaltou.
Zé Gonçalves informou que a obrigatoriedade de fornecimento dos EPI consta na Norma Regulamentadora de Nº 10 do Ministério do Trabalho e Emprego. Esses trabalhadores têm que ter botina, luva isolante, manga isolante, protetor facial, cinturão, capacete classe B e uniforme antichama.
“O companheiro ficou pendurado de cabeça para baixo, com muitas queimaduras, porque não estaria usando uma roupa antichama. Com certeza não tinha EPI. Não tem segurança, não tem qualidade, nem conforto e tem que ter tudo isso”, enfatizou.
O parlamentar mirim criticou ainda a situação dos postes de nossa cidade com fiações que mais parecem “ninho de casaca – de – couro” com pedaços de fios emaranhados em todos os lugares. “É importante que a Prefeitura de Patos também se posicione sobre essa situação, notificando essas empresas, vendo a situação desses postes, que podem causar acidentes a qualquer momento”, pontuou.