No discurso da Tribuna da Casa Juvenal Lúcio de Sousa na sessão ordinária dessa quinta-feira (19) o vereador sindicalista Zé Gonçalves ( PT), voltou a criticar a liberação de armas que vem proporcionando aumento dos casos de violência.
Ele reiterou a necessidade de se investir na Educação para que possamos ter uma sociedade mais pacífica, ao invés de armar a população. “Armas não trazem paz. Armas trazem mortes!”, enfatizou.
Zé Gonçalves citou como exemplo a situação que aconteceu em Fortaleza nesta semana, em que dois policiais federais foram desarmados por um suposto morador de rua e assassinados por ele, que em seguida teria sido morto por outra pessoa que estaria passando pelo local.
“Dois policiais federais treinados, experientes e capacitados passaram por uma situação daquela, imagina um cidadão sem nenhuma preparação”, analisou. Na opinião de Zé Gonçalves, se as armas resolvessem, com a preparação que eles tinham, diferente da população, não teriam sido desarmados e assassinados.
Ele estranhou a versão apresentada da ocorrência e disse que também vem sendo vista de forma estranha por pessoas que trabalham com segurança pública.
Outro exemplo usado por ele foi o assalto a um carro forte em que o veículo foi explodido. Conforme ele, os vigilantes estavam bem armados, são capacitados e treinados e, no entanto, as armas e toda preparação não impediram a ação criminosa.
Zé Gonçalves acredita que a liberação de armas não está favorecendo as pessoas de bem, mas sim aos milicianos, que muitas vezes usam cidadãos de bem para adquirir armas .
“Nós estamos vivendo uma corrida armamentista em nosso país, onde essas armas deveriam ser privativas das Forças Armadas, da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Rodoviária”, ressaltou.
Ele enfatizou que muitos policiais reafirmam que com a liberação das armas aumentaram as dificuldades no trabalho.
O parlamentar mirim criticou inclusive as declarações de um agente de trânsito, sem citar nome, que em uma entrevista teria defendido o uso de armas por esses profissionais em trabalhos nos semáforos.
“O que precisamos aqui em Patos no tocante ao trânsito é que seja realizado concurso para aumentar o número de agentes e que se tenha condições de trabalho e de salário”, ponderou. Do mesmo modo, ele opinou sobre a Guarda Municipal que necessita é de um maior efetivo e condições de trabalho e salário.