Em caso extremo, as medidas restritivas adotadas por diversos países para combater a disseminação do coronavírus Sars-Cov-2, causador da doença respiratória covid-19, podem ter de vigorar até 2022. Tudo porque a pandemia do coronavírus pode durar até dois anos – o que exigirá uma constante reavaliação.
A previsão é de Lothar Wieler, diretor do Instituto Robert Koch (RKI), responsável pela prevenção e controle de doenças na Alemanha. Segundo ele, pandemias costumam ocorrer em “ondas”, mas não se sabe exatamente com que velocidade essas ondas se propagam. Por isso, poderá demorar anos até que as infecções atinjam o nível esperado – entre 60% e 70% da população.
A duração da pandemia, conforme Wieler, também depende de quando haverá uma vacina disponível – o que poderia acontecer no ano que vem. Nesta terça-feira (17), o RKI classificou como “alto” o risco do coronavírus para a população alemã. Wieler justificou a alteração com a constatação de um aumento veloz do número de infecções no país, além de um “alarme” soado por hospitais e secretarias de saúde regionais.
A Alemanha vem registrando ascensão rápida no número de casos confirmados. Segundo o RKI, o país registrou 6.012 infecções pelo coronavírus até a noite de segunda-feira (16/03), com 13 mortes. São 1.100 infecções a mais do que no dia anterior. O mapa da Universidade Johns Hopkins (EUA), usado como referência para apurar o número de casos em tempo real, computava quase 7.700 casos na Alemanha na tarde desta terça-feira.
Itália
Já na Itália, a Defesa Civil anunciou nesta terça-feira (17) que o número de mortos em decorrência da pandemia subiu para 2.503 – um aumento de 345 vítimas em 24 horas. De acordo com o chefe da Proteção Civil da Itália, Angelo Borrelli, a quantidade de pessoas contaminadas aumentou mais 2.989, totalizando 26.062 casos ativos de infecções.
O aumento de número de mortes foi menor do que o registrado na segunda-feira (16) (349 contra 345). Até o momento, 2.941 indivíduos conseguiram se recuperar da doença, 192 a mais do que na segunda (16). Mas há 2.060 pacientes internados em terapia intensiva, sendo 879 na região da Lombardia, no norte do país.
A região mais atingida segue sendo a Lombardia, principal polo financeiro e industrial da Itália, que soma 16.220 casos e 1.640 mortos. A Emilia-Romagna tem 3.931 casos confirmados, seguida por Vêneto (2.704), Piemonte (1.897), Marcas (1.371) e Toscana (1.053). Da Redação, com agências