A falta de estrutura física e de pessoal na Delegacia da Mulher de Patos vem causando prejuízos para o atendimento na cidade e em toda a região polarizada pelo município. O problema foi levado à tribuna da Câmara Municipal pelo vereador sindicalista Zé Gonçalves (PT) que reivindicou mais estrutura para aquela unidade de segurança e funcionamento 24 horas.
Na opinião do parlamentar mirim, essa situação impede inclusive que sejam destinadas políticas públicas, justamente por falta de dados que possam mapear a realidade local.
“Faltam dados sobre os casos de feminicídio que presenciamos aqui em Patos. Ontem mesmo (13/12), na hora em que realizamos a audiência pública mais uma mulher foi assassinada no Sítio Lages, no Distrito de Santa Gertrudes, na zona rural de Patos”, relatou.
Zé Gonçalves lamentou ter quem defenda que a mulher denuncie casos de violência através apenas de mensagem de celular. Ele considera que deve haver toda uma rede de apoio, e uma delegacia estruturada, com funcionamento ininterrupto.
“A mulher que está sendo agredida, ao pegar o celular, o ‘monstro’ que a está agredindo permitirá que ela use o celular? Com certeza, ele irá tomar o celular e a agredir ainda mais”, alertou.
Para Zé Gonçalves, a Delegacia da Mulher de Patos não pode continuar na situação que está. Ele propôs uma luta conjunta com os conselhos e os movimentos sociais para reivindicar a estruturação e cobrar o destinamento das políticas públicas para o nosso município.
“É uma vergonha Patos não ter sequer uma patrulha Maria da Penha. É uma vergonha para a Câmara e para os nossos representantes na Assembleia Legislativa”, reforçou. Demostra, conforme ele, a incapacidade da classe política em defender, na prática, as mulheres.
“Chega de mês colorido. Nós queremos é que as coisas realmente aconteçam na prática aqui no nosso município”, ressaltou.