Árvores de praças da cidade estão morrendo diante das altas temperaturas e o vereador sindicalista Zé Gonçalves (PT) tem percebido que há descaso com a situação.
Em discurso da Tribuna da Câmara Municipal de Patos, ele citou algumas localidades onde o problema vem ocorrendo, a exemplo do Bivar Olinto, Noé Trajano e do próprio Centro da cidade. “Você passa e vê palmeiras secas”, lamentou.
Zé Gonçalves considerou que, apesar de Patos ter um vice-prefeito da Universidade Federal de Campina Grande (Jacob Souto, professor do Curso de Engenharia Florestal) e uma secretaria de Meio Ambiente de sua indicação, ao que parece, ainda não se sabe que tipo de árvores se adaptam melhor ao nosso clima.
Procedimentos que considera inadequados, como a plantação de palmeiras num clima semiárido sem os cuidados necessários, não têm surtido o efeito esperado. Por isso, essas árvores estão morrendo, disse ele, citando o exemplo das existentes no canteiro da praça Getúlio Vargas.
Outro problema citado por Zé Gonçalves diz respeito ao trecho do canteiro entre a Gipagel e a linha férrea. “Arrancaram as algarobas e não substituíram e, com isso, o calor aumentou de maneira extraordinária, especialmente no centro de nossa cidade”, reclamou.
De acordo com Zé Gonçalves, é preciso que a Secretaria de Meio Ambiente diga a que veio. Ele voltou a criticar as podas drásticas feitas pela pasta à qual chamou de ‘Secretaria da Motosserra’, em que são feitas, conforme ele, somente para proteger o trânsito, mas não levam em consideração as lâmpadas dos postes de iluminação da cidade. Com isso, os galhos de cima das árvores sobem e ofuscam a luz das lâmpadas, ocasionando problemas com escuridão em algumas ruas.
“Precisamos que tudo isso seja revisto pela Secretaria de Meio Ambiente”, analisou. Ele questionou, por exemplo, quem seria responsável pelo cuidado dessas plantas, citando as Secretarias de Serviços Públicos, Agricultura e Meio Ambiente, como possíveis pastas para isso, reiterando no entanto que, seja qual delas for, elas precisam se entender e trabalhar em conjunto pela arborização do município, necessária para o equilíbrio do clima, principalmente em tempos de recordes de temperaturas altas.
Ele voltou a solicitar a ativação dos poços nas praças como mais uma medida para cuidar da nossa arborização e de dar suporte à população no tocante ao abastecimento d’água em tempos de seca e clima extremo. Serviria também, conforme ele, para projetos de revitalização das praças, citando por exemplo a praça Cícero Sulpino (a praça do Guedes) que necessita de melhoramentos para dar suporte aos trabalhadores que a utilizam para ganhar seu sustento.