Se retroativo da Enfermagem não for pago aos efetivos, categoria fará greve

Ao votar a favor do projeto de lei para liberar crédito complementar ao orçamento para o pagamento do piso nacional da Enfermagem, cujos valores federais estão depositados na conta da Prefeitura de Patos desde o dia 21 de agosto passado, o vereador sindicalista Zé Gonçalves (PT) pediu respeito a esses servidores que programam uma greve, caso os valores retroativos de maio a agosto não sejam pagos.

O parlamentar mirim, que foi enfático nas duas sessões extraordinárias realizadas para viabilizar o pagamento do piso, disse que é preciso que as informações sobre a Enfermagem de Patos enviadas ao governo Federal sejam corrigidas para que os prejuízos causados aos servidores sejam também corrigidos.

De acordo com ele, da forma como a gestão Nabor Wanderley (Republicanos) agiu nesse caso do piso da Enfermagem, haverá profissional efetivo “que receberá R$ 0,73 (setenta e três centavos), outros receberão R$ 191,00 (cento e noventa e um reais) de aumento”, exemplificou.

Zé Gonçalves considerou irresponsabilidade da Secretaria de Saúde de Patos o envio das informações sobre a Enfermagem como ela foi feita e disse que a possível greve até que o pagamento aconteça seria uma forma de exigir respeito.

Para ele, não faz sentido os gestores se reunirem no ar condicionado de salas fechadas sem a participação de representantes das categorias e até da Câmara Municipal para agirem e enviarem dados e informações erradas, causando prejuízos aos servidores que seriam beneficiados pelo piso nacional.

“E depois ficam culpado o STF e o Governo Lula, sendo que a irresponsabilidade é da gestão municipal”, revoltou-se.

O parlamentar mirim explicou que enviaram o valor dos salários das categorias junto com insalubridade, gratificação, adicional noturno e adicionais de atividades extras, quando, na verdade, era para ter informado apenas o salário base.

E tudo isso, conforme ele, objetivando reduzir ao máximo o valor da complementação do município, sem levar em conta que, agindo assim, estariam prejudicando uma categoria heróica e que mostrou seu valor na luta em prol da vida durante a pandemia de Covid 19 que assolou o mundo inteiro.

Zé Gonçalves defendeu sua tese ao citar municípios muito menores e menos importantes no que tange ao atendimento à saúde e que receberam recursos consideravelmente maiores, como Alagoa Grande, Pedras de Fogo, Piancó, Guarabira e Santa Rita, entre outros. “E Patos recebeu um valor bem menor por falta de informação real, verdadeira, por parte da Secretaria de Saúde Municipal”, reiterou.