Zé Gonçalves propõe Frente por igualdade salarial para quem é contratado e pagamento de insalubridade

Em Audiência Pública realizada pela Câmara Municipal de Patos para discutir ‘A Importância do Profissional de Apoio no âmbito Escolar’, de propositura da presidente da Casa Legislativa, Tide Eduardo (UB), o vereador sindicalista Zé Gonçalves propôs a formação de uma Frente em defesa dos servidores terceirizados e contratados que ganham salários inferiores aos efetivos exercendo a mesma função, como também a implantação da insalubridade.

O parlamentar mirim justificou a posição, ressaltando a aprovação do Projeto de Lei da igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função, encaminhado pelo governo Lula.

“Vou inclusive apresentar Requerimento para construir aqui uma Comissão de vereadores e vereadoras juntamente com os cuidadores escolares para fazermos uma audiência como o prefeito Nabor Wanderley (Republicanos) para reivindicar o pagamento da insalubridade porque favorece muito a todos e todas que estão aqui”, reiterou.

Na opinião de Zé Gonçalves, é preciso não ficar só no discurso da Audiência Pública, mas ir para a prática e contemplar realmente esses trabalhadores e trabalhadoras com condições dignas de trabalho e de salários.

Ao ler trecho da Lei 12.764/2012 que trata da Inclusão, ele questionou sobre se está havendo inclusão dos cuidadores e cuidadoras escolares na política de condições dignas de trabalho e de salários.

Ele informou que quase 100 por cento dos cuidadores da Educação de Patos é formada por mulheres que ganham apenas um salário mínimo, trabalham oito horas por dia e ainda recebem seus salários atrasados. “Isso é inclusão?”, indagou, pontuando que enquanto se discute inclusão, se exclui esses profissionais.

De acordo com Zé Gonçalves, é preciso olhar quem bota a máquina pública para funcionar, a exemplo desses profissionais que trabalham oito horas por dia e são exigidos e cobrados. “Os cuidadores escolares andam pisando em ovos porque os pais também pressionam muito”, disse.

O parlamentar mirim disse que recebeu denúncias de que pais estariam agredindo e ameaçando professores e cuidadores, mas antes de qualquer exigência, é preciso melhorar as condições de trabalho e de salários desses profissionais.

É preciso assegurar o direito da insalubridade de 20% aos 250 profissionais do Município, conforme Zé Gonçalves porque apenas “aplausos, tapinhas nas costas e elogios não pagam água, nem luz, nem supermercado não”, criticou. Ele solicitou do prefeito o envio de projeto para implantar a insalubridade dos cuidadores e cuidadoras de Patos, e defendeu, ainda, melhores salários e pagamento em dia.

“Inclusão é melhorar os salários, é implantar insalubridade, reduzir a jornada de trabalho e respeitar esses companheiros e companheiras que estão no dia a dia fazendo o seu trabalho”, concluiu.