Luta da Enfermagem pelo Piso ecoa na Tribuna Livre da Câmara e Zé Gonçalves faz defesa do piso nacional

Após a Enfermeira Elisângela Almeida, usar a tribuna da Câmara Municipal, representando o SINFEMP e a categoria de enfermagem, ecoando a luta pela aprovação do piso nacional da categoria, o vereador sindicalista Zé Gonçalves (PT), em seu discurso, disse que a Casa Legislativa deve ser o espaço para ouvir as demandas do povo.

O parlamentar mirim patoense participou de todas as mobilizações dos Enfermeiros no município e abriu seu discurso na sessão desta quinta-feira (7) destacando o papel importante desses profissionais que são da saúde pública.

Ele destacou a necessidade de pressionar os deputados federais e senadores da Paraíba para apressar a votação e aprovação do Projeto de Lei 2564/2020 que trata do piso da categoria.

“A Enfermagem atua em todas as fases da vida das pessoas, desde o nascimento, passando pelos cuidados preventivos, paliativos, até os momentos mais difíceis. O trabalho é muito intenso e cercado de muita responsabilidade”, disse sobre a justificativa do projeto.

Foram lembrados também os momentos da pandemia em que os enfermeiros foram protagonistas nos cuidados aos pacientes com covid 19 e trabalham na linha de frente.

“É uma categoria em que os profissionais colocam em risco a própria vida para salvar vidas de outras pessoas e surpreendentemente continuam absolutamente desvalorizados no Brasil”, continuou.

Zé Gonçalves criticou a postura do presidente da Câmara Federal, Artur Lira, ao falar em regionalização, uma vez que o projeto já é regionalizado com base no salário mínimo.

“Se hoje o setor público enfrenta dificuldades, eu fico aqui perguntando sobre a situação de um enfermeiro e um técnico de enfermagem que trabalham em hospitais e nas clínicas particulares que só recebem o salário mínimo e que não têm direito à insalubridade e à gratificação”, protestou.

O parlamentar mirim criticou alguns hospitais denominados filantrópicos que também não respeitam os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. “Muitas vezes, recebem mais recursos do governos do que propriamente o setor público. Por isso a importância dessa reflexão”, argumentou.

Zé Gonçalves lembrou, também, as más condições de trabalho dos profissionais, como os do Samu, das UPAS, UBS e Hospitais em lidar com um vírus que ninguém tinha conhecimento e sem os equipamentos adequados.

Ele citou também dificuldades como as gratificações do Covid retiradas, corte de insalubridades e gratificações e congelamento de salário que já dura sete anos.
Por último, parabenizou a disposição de luta da categoria em participar da mobilização e caminhada realizada pelo SINFEMP – Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região, saindo da antiga Praça do CEPA até a sede da Prefeitura com realização de ato público.