O vereador e sindicalista Zé Gonçalves (PT) trouxe à tribuna da Câmara Municipal na sessão desta quinta-feira (3) a preocupação com as consequências da guerra travada com a ocupação da Ucrânia pela Rússia.
Na opinião do parlamentar mirim, os efeitos da guerra, como os de doença (lembrando a situação do vírus), atingem a todos. Ele citou uma frase do escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez que diz que “Toda guerra é burra”, pois só interessa aos poderosos para ganhar mais dinheiro às custas da vida de milhões de trabalhadores e trabalhadoras.
“Eles fazem a guerra por causa de petróleo, de água, de minérios, enfim, de produtos para saciar a sua sede de poder, riqueza e dominação”, disse Zé Gonçalves reiterando que nossa guerra deve ser contra a fome, o desemprego e a miséria.
De acordo com informações de Zé Gonçalves, no Brasil, conforme pesquisa do DataFolha de dezembro do ano passado, cerca de 32 milhões de pessoas deixaram de fazer alguma refeição nos meses anteriores e 55 milhões de pessoas haviam comido menos do que necessitavam por estar sem dinheiro.
“Essas grandes potências imperialistas, principalmente os Estados Unidos, não estão preocupadas com a fome, com o desemprego e com a miséria do nosso povo”, enfatizou.
Ele citou as invasões realizadas pelos Estados Unidos no Afeganistão, no Iêmen, no Iraque (dizendo que tinha arma nuclear), no Vietnã, Síria, Líbia, Somália e o apoio dado a Israel contra o povo Palestino, onde 2.500 crianças foram mortas.
Zé Gonçalves disse que o que o preocupa também são as bases militares dessas potências imperialistas espalhadas pelo mundo, listando em primeiro lugar os Estados Unidos que possui 742 bases militares em 80 países. No Brasil, ele citou a base de Alcântara no Maranhão. Na sequência sobre bases militares, Zé Gonçalves citou em segundo lugar o Reino Unido, com 145; em terceiro a Rússia, com 36; e em quarto vem a China, com oito.
“O atual presidente dos EUA, quando era vice de Obama, quando esteve aqui, à procura do pré-sal e quando Dilma disse que não tinha pré-sal para eles e que seria investido especialmente na Educação, foi arquitetado o golpe de 2016”, observou.
Outra preocupação de Zé Gonçalves é em relação ao crescimento do fascismo e de grupos neonazistas, inclusive no Brasil. Ele citou também os casos de racismo nas fronteiras da Ucrânia com a Polônia, quando as vítimas da guerra procuram asilo.
Outra informação que pouca gente ficou sabendo e que Zé Gonçalves trouxe em seu discurso foi o ataque feito na Ucrânia à sede do Partido Comunista e dos sindicatos por grupos neonazistas.
“E a gente tem, acima de tudo, que ter a responsabilidade de defender a paz e condenar a guerra e o ódio”, reiterou.