Zé Gonçalves traz à tribuna carta de mãe aflita por assistência para filhos e pede mais profissionais para o CER

O vereador e sindicalista Zé Gonçalves (PT) fez uma apelo para que a Prefeitura de Patos contrate profissionais para dar assistência a quem precisa do Centro Especializado de Reabilitação – CER. Na sessão da Câmara desta quinta-feira (14), o parlamentar mirim leu uma carta enviada por uma mãe aflita por assistência para os filhos que seriam autistas, mas ainda sem diagnóstico preciso.

Em um trecho da carta, a mãe, que se identifica como a servidora pública Marta Gisele, diz que desconfia que seus dois filhos sejam autistas, mas não teria conseguido o diagnóstico justamente por falta de atendimento adequado.

A mãe apela para que a assistência aconteça no momento certo, para que as crianças não tenham o futuro comprometido.

“Os casos de autismo leve em Patos sequer são diagnosticados por falta de políticas públicas, então vim fazer esse apelo para que contratem psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, neurologistas, fisioterapeutas e psicopedagogos”, diz a mãe.

A carta segue pedindo para que o prefeito faça a sua parte e expõe o seguinte questionamento: “Centro de Reabilitação para quem? São atendidas pelo menos cinco por cento das crianças que precisam?”.

A mãe pontuou também a questão do tempo de tratamento das crianças no CER que atende cada criança somente uma vez por semana, por cerca de uma hora, quando o tempo necessário seria de 20 horas semanais.”Isso é humilhante, triste e cruel com nossas crianças”, analisa.

O vereador Zé Gonçalves endossa o apelo da mãe servidora pública apresentando requerimento ao poder Executivo e apresentando a carta como justificativa para o documento.

“Isso aqui é política pública e esse é o nosso papel aqui. É interessante colocar essa justificativa aqui de uma mãe porque a mãe sabe mais do que a gente sobre essa necessidade, pois o sucateamento das políticas públicas está atingindo os filhos dos trabalhadores e trabalhadoras que não têm dinheiro para pagar a profissionais particulares”, reiterou Zé Gonçalves.