A situação dos mercados públicos de Patos é de calamidade pública na opinião do vereador e sindicalista Zé Gonçalves (PT) que trouxe à Tribuna na sessão da Câmara Municipal dessa terça-feira (9) a ocorrência do princípio de incêndio que aconteceu de manhã no Mercado Darcílio Wanderley.
De acordo com Zé Gonçalves, os mercados Darcílio Wanderley, Juvino Lilioso, no Centro da Cidade, e Zezito Moura, no Jatobá, não têm estrutura e estão totalmente abandonados, inclusive na questão da segurança contra incêndio.
“Nós podemos ter prejuízos e esses prejuízos sobram para os comerciantes, pois tenho quase certeza que eles também não têm seguro”, analisou. Na opinião de Zé Gonçalves, muitos não têm como pagar um seguro para o seu comércio porque os custos são muito altos.
Ele percebe também que nesses equipamentos públicos não tem extintores, não tem hidrantes e reserva de incêndio, nem chuveiros automáticos, central de gás, detectores de alarmes, sistema de iluminação de emergência ou qualquer projeto de segurança contra incêndio.
“E se tiver esses projetos, eles estão ultrapassados porque basta você andar pelo mercado Darcílio Wanderley para ver que as avenidas estão a cada dia estreitando mais”, disse enfatizando a falta de espaço nos corredores para os consumidores.
Zé Gonçalves questionou o Corpo de Bombeiros sobre se há fiscalização e exigência desses projetos de segurança, não só nos mercados do Município, mas também nas escolas, creches e outros equipamentos públicos, assim como é exigido nos equipamentos da iniciativa privada.
“Se você for colocar um restaurante, gasta mais com projeto de segurança, do que mesmo com os equipamentos para o funcionamento. Agora, quando é o setor público, a gente não vê realmente essa segurança”, reiterou.
Zé Gonçalves disse que essa análise vale também para os equipamentos públicos do Estado e os federais e acrescentou que é necessário que a Câmara Municipal de Patos se debruce sobre essa situação.
Ele disse que tem a certeza de que Patos precisa de um novo Mercado Público que poderia ser construído na área ampla que fica depois do Moinho Patoense para substituir o Mercado atual que ele chamou de ‘barril de pólvora’, por conta da falta de planos de segurança.
“Eu acho que a Câmara Municipal poderia muito bem travar essa discussão junto com a gestão Municipal e pensar num novo Mercado Modelo para Patos”, disse, acrescentando que a recuperação e a segurança nos demais mercados da cidade também sejam garantidas.