Após 5 anos da Patrulha Maria da Penha na PB, Zé Gonçalves lamenta que mulheres de Patos e região continuem sem a assistência do programa

O vereador sindicalista Zé Gonçalves (PC do B) ao analisar as comemoração dos cinco anos de atuação da Patrulha Maria da Penha pelo governo do Estado, através de extensa reportagem publicada no jornal A União, lamentou que as mulheres de Patos e região continuem sem assistência do programa.

De acordo com o parlamentar mirim, o Patrulha Maria da Penha está nos municípios de João Pessoa e toda região metropolitana, Campina Grande, Guarabira e Cajazeiras. “E Patos, simplesmente não é atendida”, reiterou.

Ele questionou qual a defesa que está sendo feita para que as mulheres de Patos possam ser assistidas por programas como este. “É uma vergonha Patos não ter a patrulha Maria da Penha”, reforçou, enfatizando a quantidade de municípios que compreende a região metropolitana da Capital do Sertão que chega a ter aproximadamente cem municípios.

Para Zé Gonçalves, a instalação da Patrulha Maria da Penha deve ser uma exigência e mandou um recado: “Criem vergonha na cara e implantem a Patrulha Maria da Penha aqui em Patos”, alfinetou.

Dados sobre a violência contra a mulher divulgados pelo Governo Federal mesmo após 18 anos da implantação da Lei Maria da Penha, de acordo com Zé Gonçalves, são alarmantes.

A cada minuto, pelo menos uma medida protetiva é concedida pela Justiça no Brasil. Nos últimos quatro anos, conforme dados trazidos pelo parlamentar mirim, a média chegou a 500 mil por ano.

Ele destacou a campanha Feminicídio Zero: Nenhuma Violência contra a Mulher do Governo Federal para conscientizar e envolver toda a sociedade no combate ao problema. Zé Gonçalves trouxe dados do 18º Anuário Brasileiro da Segurança Pública, que revelam que 1.467 mulheres morreram vítimas de feminicídio em 2023.

Houve também aumento de 7,2% no número de tentativas de feminicídio que somaram 2.797 vítimas. As agressões aumentaram 9,8% e somaram 258. 941 casos. Já as ameaças tiveram aumento de 16,5%, as perseguições de 34,5%, as violência psicológica de 33,8% e os estupros de 6,8%.

“É importante frisar que a Lei Maria da Penha que acaba de completar 18 anos protege as mulheres vítimas de violência e as denúncias podem ser feitas através do Ligue 180 de forma anônima”, ressaltou.