Presidenta da União Brasileira de Mulheres de Patos usa a Tribuna Livre na Câmara Municipal e retrata reivindicações, lutas e desafios da entidade
As reivindicações, as lutas e os desafios da União Brasileira de Mulheres foram trazidos pela presidente da entidade em Patos, Elizabete Barreto de Oliveira, à Tribuna Livre da Câmara Municipal de Patos na sessão da última quinta-feira (7), que antecede o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher.
Reivindicações apresentadas pela presidente da entidade em Patos pedem a instalação imediata da Casa da Mulher Brasileira e de uma casa de apoio às mulheres que são vítimas de violência na região polarizada pelo município.
Elizabete reivindicou, ainda, que ginecologistas atendam nas unidades básicas de saúde, que sejam disponibilizados para as mulheres mais creches, transporte coletivo e o funcionamento da delegacia da mulher aconteça 24 horas, incluindo os fins de semana e feriados.
Ela pediu também que água potável chegue às comunidades rurais, especialmente nos assentamentos Patativa do Assaré e Campo Comprido. “Pois nós sabemos o sofrimento das mulheres que saem de casa em busca de água para o consumo de casa”, relatou.
Ainda foram reivindicados a regularização das áreas públicas para moradia ocupadas pelos sem teto do Serrote Liso e o apoio às mulheres do campo com políticas públicas voltadas à agricultura familiar e geração de emprego e renda, priorizando as artesãs do município. “São lutas que fazemos enquanto mulher, enquanto sociedade, porque nós precisamos disso, ressaltou.
De acordo com Elizabete, a União Brasileira de Mulheres foi fundada em 1988 para defender os direitos e reivindicações relativas ao trabalho e à cidadania. “É objetivo buscarmos elevar o nível de consciência e atuação política das mulheres para que elas participem da defesa de seus direitos”, ressaltou.
Ela citou como objetivo também a busca pela igualdade e a luta contra todo tipo de opressão. “Somos uma entidade ampla, que não admite nenhum tipo de discriminação, seja ela de ordem social, racial, de etnia, religiosa ou por orientação sexual”, reiterou.
A luta da União Brasileira de Mulheres, conforme Elizabete, é por um Brasil diferente, sem discriminação, sem o sofrimento com as duplas jornadas, com igualdade de oportunidades e de salários e com uma rede pública de creches e cursos de aperfeiçoamento profissional que atendam a demanda feminina.
Em relação ao combate à violência, Elizabete defende uma rede pública ampla de defesa da mulher, como por exemplo, delegacias especializadas e assessorias jurídicas, com combate ao racismo. A entidade defende também saúde pública com atenção especial à mulher e a defesa da terra para quem nela quer plantar o alimento e tirar o sustento.