Protesto contra feminicídio e divulgação de carta manifesto em apoio a luta da mulher marcam a Caminhada do 8 de Março em Patos

A caminhada de luta realizada por diversas entidades sociais e a participação do vereador e sindicalista Zé Gonçalves (PT), na manhã do 8 de Março em Patos, Sertão do Estado, foi palco de protesto e de manifesto pela paz e contra os atos de violência e o feminicídio a que são vítimas as mulheres de todo o mundo.

O vereador sindicalista Zé Gonçalves(PT), lamentou a falta de apoio da STTrans ao evento e criticou os políticos que vêm votando contra o povo, citando a questão da luta da Enfermagem e fez um alerta para que a população escolha melhor seus representantes.

Esteve presente ativamente na caminhada do 8 de Março em Patos a luta dos profissionais de Enfermagem pela aprovação do PL 2564/2020 que trata do piso e da jornada nacional de 30 horas para os enfermeiros e enfermeiras, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras.

Um dos momentos mais importantes do evento aconteceu quando a marcha parou em frente à Igreja Catedral de Patos, onde foi lido uma carta manifesto do bispo da Diocese de Patos, Dom Eraldo Bispo da Silva.

No documento, o líder religioso apoia a luta das mulheres, critica a ineficiência das políticas públicas, a invisibilidade e o impedimento da participação feminina nos espaços de decisões, somando a tudo isso o desafio da pobreza, da exploração do trabalho, do tráfico humano, das violações de cultura e de direitos.

“À igreja cabe o direito de assumir a luta das mulheres negras, domésticas, ciganas, catadoras, camponesas, quilombolas, operárias, pescadoras, enfermeiras, prostituídas, encarceradas, indígenas, migrantes, donas de casas e tantas outras que vivem a dolorosa experiência da invisibilidade social” disse.

Dom Eraldo mencionou, como agravantes, a violência doméstica e o feminicídio, a tripla jornada de trabalho e a desigualdade social e pede a união de todos pela luta em favor da justiça e da equidade.

Na altura do Fórum Miguel Sátyro, a marcha parou para pedir justiça no julgamento que estava ocorrendo de um acusado de feminicídio contra uma mulher do distrito de Santa Gertrudes, na Zona Rural de Patos.

Foi feito um minuto de silêncio em homenagem e solidariedade a todas as famílias e os filhos e filhas que perderam suas mães em atos de feminicídio. A cantora Cida Dias participou da mobilização e lembrou da luta das mulheres através do canto.

As mulheres marcharam pelas ruas do Centro de Patos, desde a Praça Edvaldo Mota, através da Avenida Solon de Lucena até a Praça Getúlio Vargas onde ocorrer um ato público com discursos de lideranças sociais em apoio a luta das mulheres.