Zé Gonçalves acredita que transferir o lixo de Patos para outra região trará prejuízos para nosso município.

O vereador e sindicalista Zé Gonçalves (PT) citou a afirmativa do saudoso José de Oliveira Pio de que “lixo é luxo” para criticar decisão tomada e já licitada pela Prefeitura de Patos que retirará por ano dos recursos públicos do nosso município cerca de R$ 3,3 milhões.

Na sessão da Câmara Municipal de Patos desta quinta-feira (24), Zé Gonçalves trouxe novamente à discussão a questão do lixo. “Me preocupa a Prefeitura ter que pagar para o lixo de Patos ser transportado para Campina Grande. Eu entendo que isso é um grande prejuízo para o nosso município e para a nossa Região”, enfatizou.

De acordo com citações que fez de palavras do próprio prefeito Nabor Wanderley (Republicanos), serão levadas uma média de 2 mil toneladas de lixo que representa um custo alto para o município, sem contar com o que será gasto de R$ 300 mil por mês só com a retirada do lixo do local.
Zé Gonçalves questionou se esse aterro construído em Patos não iria trazer mais benefícios para a nossa cidade, citando recolhimento de ISS, geração de emprego e renda e ainda a despreocupação com o que acontecerá com a Associação dos Catadores de Recicláveis de Patos.

“E mais uma vez será dinheiro saindo de Patos e isso nos preocupa porque aqui pertinho em Piancó tem aterro sanitário, em Sousa tem aterro sanitário, em Campina Grande tem aterro sanitário e por que em Patos não pode ter aterro sanitário?”, contestou.

Ele considerou falta de planejamento que acarreta em falta de perspectivas de geração de emprego e renda para a cidade. “Porque as obras estruturantes passam por longe, a começar pela questão ambiental onde 93% do nosso município não tem esgoto tratado”, criticou.

Na opinião de Zé Gonçalves deveria ser feita articulação entre os municípios para que os recursos extraídos da coleta e tratamento do lixo fiquem aqui. “Porque quando é para eleição (como agora em 2022) a gente vê a articulação entre esses municípios que é puxada por Patos. Fazem aliança política, mas não fazem aliança para o nosso desenvolvimento”, criticou.